Entre Sem Bater - a biografia do Barão de Itararé

Lançada recentemente "Entre Sem Bater - A vida de Apparício Torelly, o Barão de Itararé" do jornalista e escritor Cláudio Figueiredo é um livro imperdível. Escute o comentário veiculado no progama Cultura na Mesa, no dia 13/11/2012, na rádio FM Cultura 107,7, de Porto Alegre!
Para escutar clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/5306412

90 anos da subida ao poder dos fascistas de Mussolini

Em outubro de 1922 subia ao poder Benito Mussolini. Era a ascensão do Fascismo na Itália. Para ouvir o comentário sobre este tema veiculado no programa Cultura na Mesa da rádio FM Cultura 107,7 de Porto Alegre, clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/8291437

Este ano foi lançada uma nova biografia de Benito Mussolini, o livro intitulado "Mussolini" do autor Pierre Milza. Ele faz uma análise de como o ditador ao longo do tempo construiu sua imagem e subiu ao poder. 

No cinema, em 2009 foi lançado o belo filme "Vincere"  que trata da relação de Mussolini com Ida Dalser, mulher que lhe financiou seu jornal Il Popolo d' Itália e com quem teve um filho. Já casado com outra mulher, para livrar-se dela e seu filho, em sua subida ao poder, Mussolini terminou por enviá-la para um manicômio. Vale a pena conferir!

Os 50 anos da Crise dos Mísseis

Comentário sobre os 50 da Crise dos Mísseis, quando o mundo correu o risco de uma guerra nuclear. Para ouvir o comentário veiculado no programa Cultura na Mesa da rádio FM Cultura 107,7 de Porto Alegre, todas as terças-feiras as 12h55m, clique aqui:  http://www.baixa.la/arquivo/4150178

                                         Imagem: O Globo

1493 e o Novo Mundo Globalizado

Comentário sobre o livro "1493" do historiador Charles Mann, que trata das alterações no mundo após a chegada de Colombo na América e as Grandes Navegações. Para o autor, Colombo não descobriu um Novo Mundo, mas  sim  o criou ao fazer com que terras até então isoladas pelos oceanos se misturassem no que ele chamou de Homogenoceno. Para ouvir o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7, de Porto Alegre, no programa Cultura na Mesa, todas as terças-feiras as 12h55m, clique aqui:  http://www.baixa.la/arquivo/55769

O Chapéu de Vermeer e o mundo como uma rede

Comentário sobre o livro "O Chapéu de Vermeer" de Timothy Brook, veiculado no programa Cultura na Mesa, na rádio FM Cultura, 107,7 - Porto Alegre, no dia 02/10/2012. Para escutar o comentário clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/1095360

O Centenário da morte do Barão do Rio Branco

Para ouvir o comentário sobre o centenário da morte do Barão do Rio Branco, veiculado no programa Cultura na Mesa da rádio FM Cultura 107,7 de Porto Alegre clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/4942366

O livro No Jardim das Feras sobre a ascensão de Hitler e o Terceiro Reich

Para ouvir o comentário veiculado no programa Cultura na Mesa, da FM Cultura 107,7, de Porto Alegre, no dia 25/09/2012, clique aqui:http://www.baixa.la/arquivo/2187170

60 anos da morte de Evita Perón

Os 60 anos da morte e um dos maiores mitos da Argentina: Evita Perón. Escute o comentário veiculado na rádio FM Cultura de Porto Alegre, 107,7, no programa Cultura na Mesa no dia 24/07/2012:
http://www.baixa.la/arquivo/39452

Escavações arqueológicas em antigo cemitério de Porto Alegre

Escavações em antigo cemitério de Porto Alegre, na atual Cúria Metropolitana, traz novos dados sobre a história da cidade. Escute o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7 de Porto Alegre no dia 17/07/2012: http://www.baixa.la/arquivo/1196215

                                            (Imagen: site da Prefeitura de Porto Alegre PMPA)

A Guerra do Paraguai em Nem Heróis, Nem Vilões

O livro Nem Heróis, Nem Vilões, do jornalista Moacir Assunção, traz novo enfoque sobre a Guerra do Paraguai. Escute o comentário veiculado na rádio FM Cultura de Porto Alegre, 107,7, no programa Cultura na Mesa, no dia 10/07/2012: http://www.baixa.la/arquivo/6567519

Os 120 anos da invenção do Jogo do Bicho

Há 120 anos, no dia 3 de julho de 1892, saía a primeira extração do jogo do bicho no Zoológico do Rio de Janeiro. Ouça o comentário veiculado na rádio FM Cultura de Porto Alegre, 107,7, no dia 03/07/2012. Clique aqui:   http://www.baixa.la/arquivo/439350

40 anos da prisão dos fundadores da Baader-Meinhoff

Há 40 anos, em junho de 1972, eram presos os líderes fundadores da organização terrorista alemã RAF, mais conhecida como grupo Baader-Meinhof.
Ouça o comentário veiculado na rádio FM Cultura, 107,7, de Porto Alegre, no dia 26 de junho de 2012:
http://www.baixa.la/arquivo/1368815

Trilha sonora do comentário: Banda Baaader-Meinhof - disco "Baader Meinhof" - Faixa 1 - Baader-Meinhof

Assista ao filme "O Complexo Baader-Meinhof" de Uli Edel.

Novo livro sobre Getúlio Vargas

Lançado recentemente o livro "GETÚLIO - 1882-1930, Dos anos de formação à conquista do poder" de Lira Neto, pela Companhia das Letras.

Para ouvir o comentário, veiculado no programa Cultura na Mesa, no dia 19/06/2012, na rádio FM Cultura de Porto Alegre, clique aqui: http://www.4shared.com/mp3/meh0v4ej/DENISE_GETLIO.html

O Cais do Valongo e o Cemitério dos Pretos Novos

A zona portuária do Rio de Janeiro está em obras desde o ano passado devido aos preparativos para as Olimpíadas de 2016. Graças as obras de revitalização do chamado Porto Maravilha, nas áreas que abrangem os atuais bairros da Gamboa e Saúde, foi permitido aos pesquisadores do Museu Nacional acessarem dois sítios arqueológicos fundamentais para a história da escravidão no Brasil. Estão sendo escavados na região o Antigo Cais do Valongo e o Cemitério dos Pretos Novos.
Para ouvir o comentário veiculado no programa Cultura na Mesa da rádio FM Cultura 107,7 de Porto Alegre, clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/2019541

Trilha sonora do comentário: Naná Vasconcelos - CD Sinfonia e Batuques - Fx: 7 - Lamentos 

Dentes com cortes em V invertido

Fonte: Revista Fapesp dez.2011

 

    Mercado do Valongo - Jean-Baptiste Debret

A incrível história de um Oceano no livro "Atlântico"

Foi lançado no início deste ano o livro ATLÂNTICO do jornalista e geólogo britânico Simon Winchester. O autor escreveu a história de um personagem aparentemente inusitado: a história do oceano Atlântico, o mar que separa a África e a Europa da América. A história do mar que, sem dúvida, tem um papel importante na história da humanidade.
Para escutar o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7, no programa Cultura na Mesa, que vai ao ar todos os dias ao meio-dia, clique aqui:  http://www.baixa.la/arquivo/6191717

O filme Flores do Oriente e o Massacre de Nanquin

Está em cartaz em Porto Alegre o filme Flores do Oriente do cineasta chinês Zhang Yimou. A história se passa durante um dos momentos mais dramáticos da Segunda Guerra Sino-Japonesa, o massacre perpretado pelo exército japonês contra a população da cidade de Nanquim, em 1937.

Para ouvir o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7, no dia 29/05/2012, no programa Cultura na Mesa, clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/9895773

Padre Antônio Vieira e a Rainha Cristina da Suécia

Foi lançado recentemente o livro "O Poder Erótico - Diários e cartas de Cristina Vasa, rainha da Suécia, e do padre Antônio Vieira" da escritora e historiadora austríaca Glória Kaiser.

Para ouvir o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7 de Porto Alegre no dia 22/05/2012, clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/3066533

Música trilha do comentário: CD Triplo Contínuo - música de câmera barroca para dois violoncelos e cravo - fx: 1 - Francesco Geminiani - Prelude pour Clavecin en ré para cravo solo.

Retornados - os afro-brasileiros que voltaram para a África

Antes mesmo do final da escravidão no Brasil, alguns escravos libertos já haviam voltado para a África. Em 1835, após a revolta do Malês na Bahia, escravos suspeitos de envolvimento no levante foram deportados para a África.

Desde o século XVIII e durante todo o século XIX, escravos libertos no Brasil e seus descendentes, buscaram retornar para a África. Estima-se que entre tres e oito mil afro-brasileiros voltaram ao Continente Africano, sobretudo para a região do Golfo do Benin. Estes retornados se estabeleceram na África Ocidental, onde hoje são o Benin, Togo, Gana e Nigéria.

Estes afro-brasileiros e seus descendentes são chamados até hoje de Agudás. O termo "agudá" deriva do nome do forte português de São João da Ajuda, em Uidá, no antigo reino do Daomé, atual Benin. Ali existiu no passado um movimentado entreposto do tráfico de escravos. Os afro-brasileiros são também chamados no Togo de Amarôs e de Tá-bom em Gana. Os Agudás possuem sobrenomes de origem portuguesa como Souza, Silva, Almeida, Aguiar, Campos, entre outros.(...)

Para escutar o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7 no programa Cultura na Mesa do dia 15/05/2012 clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/4503371

Música trilha do comentário: "Iemanjá" - Angélique Kidjo - letra de Angélique Kidjo e Carlinhos Brown do CD "Black Ivory Soul"

Algumas sugestões de leituras sobre o tema:

GURAN, Milton. Agudás: os brasileiros do Benin. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
SILVA, Alberto da Costa e Silva. Um rio chamado Atlântico. A África no Brasil e o Brasil na África. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 2003.
SILVA, Alberto da Costa e Silva. Francisco Félix de Souza. Mercador de escravos. Rio de Janeiro: Uerj, 2004.
VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o Golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos do século XVII ao XIX. Salvador: Corrupio, 2002.
AMOS, Alcione Meira. Os que voltaram: a história dos retornados afro-brasileiros na África Ocidental no século XIX. Belo Horizonte: Tradição Planalto, 2007.

230 anos da morte do Marquês do Pombal

Há 230 anos, no dia 08 de maio de 1782, morria Sebastião José de carvalho e Melo, mais conhecido como Marquês do Pombal.

Para ouvir o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7 no programa Cultura na Mesa no dia 08/05/2012  clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/4861291

50 anos da Independência da Argélia

Para ouvir o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7 no programa Cultura na Mesa no dia 27/03/2012 clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/3699638

Trilha sonora do comentário: o músico argelino Idir canta "A Vava Inouva" uma canção cabília em língua berbere, sucesso nos anos 70.

Imagens do filme "A Batalha de Argel" de Gillo Pontecorvo, um clássico do cinema, sobre a luta pela Independência da Argélia.

O fim da Ordem dos Templários

                                                        Jacques de Molay é morto na fogueira

Comentário sobre os 700 anos do fim da Ordem dos Templários. Para ouvir o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7 no programa Cultura na Mesa no dia 03/04/2012, clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/8527574

Cavaleiros Templários (Imagem: Clio Historia ano X n.119)

Os 20 anos da abertura dos arquivos secretos da Stasi

HÁ 20 anos eram abertos os arquivos da polícia secreta da ex-Alemanha Oriental - a temida Stasi.
Como sugestão de leitura o livro  "Stasilândia" de Anna Funder e um filme "A vida dos outros".

Para ouvir o comentário veiculado na rádio FM Cultura de Porto Alegre 107,7 no programa Cultura na Mesa do dia 20/03/2012 clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/9037821

Trilha sonora do comentário: Karlheinz Stockhausen - CD "Gruppen"

O Irã

Comentário sobre os livros "O Xá dos Xás", "Persépolis", "O Paraíso de Zahra" e o filme "Separação" que abordam a história e a situação atual do Irã.

Para ouvir o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7 no programa Cultura na Mesa no dia 13/03/2012 clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/3098879

Trilha sonora do comentário: Grupo Kamkars - CD Bolboly Shkaw - FX:8 - "Kajawa"

O Alufá Rufino - Prêmio Casa de Las Américas

Para escutar o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7 no programa Cultura na Mesa de 06/03/2012 clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/1164869

Trilha sonora do comentário: Deep Forest -Fx: 10 -  "Sweet Lullaby - Ambient Mix"

Os 500 Anos da Morte de Américo Vespúcio

Para escutar o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7 no programa Cultura na Mesa do dia 28/02/2012 clique aqui:
http://www.baixa.la/arquivo/7425691

100 anos da tragédia do Titanic

Para escutar o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7 no programa Cultura na Mesa  do dia 10/04/2012  clique aqui:  http://www.baixa.la/arquivo/5900999
Trilha sonora do comentário - Pink Floyd - CD The Division Bell - Fx - 1: Cluster One

O encontro entre Franklin Roosevelt e Getúlio Vargas em 1943

Em plena Segunda Guerra Mundial o presidente dos Estados Unidos parte em uma viagem secreta rumo ao Brasil para encontrar-se com o presidente brasileiro. Uma história aparentemente inusitada e com tintas de ficção. Mas aconteceu de verdade. Foi em 1943, no auge da Segunda Guerra Mundial, quando o presidente de uma das maiores potências mundiais, Franklin Delano Roosevelt, veio até a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, encontrar-se com Getúlio Vargas.(...)
Para escutar o comentário veiculado no programa Cultura na Mesa da FM Cultura 107,7 no dia 01/05/2012, acesse aqui:  http://www.baixa.la/arquivo/4020926
A música do comentário é  "South American Way" cantada por Carmen Miranda.

Livros contam a história do romance entre D. Pedro I e a Marquesa de Santos

Um dos romances mais famosos de nossa História, o de Dom Pedro I e a Marquesa de Santos, recentemente voltou a ser tema de livros./ Isto porque em 2010, foram encontradas em um museu norte-americano, 94 cartas do imperador Dom Pedro I endereçadas a sua amante a Marquesa de Santos./

O pesquisador independente Paulo Rezzutti, foi quem descobriu no museu da Hispanic Society of America em Nova Iorque, 94 cartas escritas por Dom Pedro I entre 1823 e 1827 e que até então estavam desaparecidas./ De posse deste material riquíssimo Paulo Rezzutti escreveu o livro publicado no ano passado “Titília e o Demonão - Cartas Inéditas de Dom Pedro I a Marquesa de Santos”./ As cartas, transcritas e comentadas pelo autor, permitem ao leitor tomar contato com o lado íntimo e humano do nosso primeiro imperador, sua paixão, ciúmes, infidelidades, seu profundo carinho e cuidado com seus filhos, legítimos e bastardos./

Por meio das cartas de Dom Pedro à sua amante Domitila de Castro Canto e Melo, podemos observar também aspectos da vida cotidiana e dos costumes do Brasil naqueles anos logo após a independência./

Este mês está sendo lançado o livro da historiadora Mary Del Priori intitulado “A Carne e o Sangue”./ que trata do mais famoso o triângulo amoroso da história do Brasil: formado por Dom Pedro I , a imperatriz Leopoldina e Domitila, mais conhecida como Marquesa de Santos./

Em “ A Carne e o Sangue” Mary del Priori nos apresenta um Dom Pedro que pouco se preocupava em ser discreto./ Entre seus inúmeros casos amorosos, Dom Pedro já casado com a imperatriz Leopoldina, toma por amante a bela Domitila de Castro Canto e Melo./ Logo traria a amante e toda sua família para viver na corte./ Dom Pedro transformou Domitila em dama da imperatriz./ Lhe concedeu o título de viscondessa e depois de marquesa./ Além de distribuir títulos de nobreza para toda sua família./ Criou os filhos bastardos que teve com Domitila junto aos herdeiros legítimos./

A reação da imperatriz Leopoldina as traições do marido, por quem era apaixonada, foram inicialmente de uma suposta indiferença./ Leopoldina era tida como uma pessoa gentil e educada e estudiosa./ Pouco sensual, era uma mulher criada para desempenhar uma função política num casamento real./ Como ela mesma diria em uma carta a sua irmã: mulheres como ela eram peças em um jogo./
 Sensível e de pouca iniciativa, terminou em uma profunda depressão que a levou a obesidade e ao desleixo./ Não se importava mais com nada./ Acabou doente e morreu depois de uma longa agonia enquanto Dom Pedro estava em viagem./

Quanto a Domitila, Marquesa de Santos, com certeza ela era uma mulher, que além de grande beleza, tinha uma personalidade forte./ Como muitas paulistas de seu tempo, assumiu seus próprios riscos./ Vinha de uma família da elite colonial possuindo até mesmo um suposto parentesco com a nobreza./

Casou-se jovem aos 15 anos com um homem que a maltratava e que a esfaqueou./ Com ele teve dois filhos./ Divorciada, Domitila conheceu Dom Pedro no momento da independência quando ele estava em São Paulo, em agosto de 1822./ A partir daí passariam sete anos de um amor intenso, apaixonado, proibido, escrachado e adúltero./ 

Amor que só terminaria com a chegada da nova imperatriz e do casamento de Dom Pedro com a lindíssima e jovem Dona Amélia de Leuchtenberg, em 1829./

O livro de Mary Del Priore, “A Carne e o Sangue”, juntamente com as cartas publicada por Paulo Rezzutti em “Titília e o Demonão”, são duas obras que revelam detalhes deste triângulo amoroso ao mesmo tempo que fazem desfilar a vida cotidiana e política do início do Império no Brasil de um modo original e agradável de ler./

Estas duas obras trazem a tona detalhes da vida de personagens históricos brasileiros, sem no entanto apresentá-los de uma forma maniqueísta, ou vendo seu lado picaresco ou como heróis desumanizados./

Dom Pedro I e Domitila, assim como Leopoldina e todas as pessoas envolvidas neste triângulo amoroso, aparecem aqui constituídas de defeitos e qualidades./ Embora tenham sido atores em um momento fundamental da construção de nossa nacionalidade, por baixo dos lençóis eram também, pessoas de carne e osso./

Para ouvir este comentário veiculado no dia 24/04/2012 no programa Cultura na Mesa na rádio FM Cultura 107,7 de Porto Alegre, clique aqui:  http://www.baixa.la/arquivo/2612434

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As músicas tocam ao fundo deste comentário, uma contradança e uma valsa, são composições possivelmente de autoria de Dom Pedro I, interpretadas aqui pelo músico e pesquisador Antônio Carlos Magalhães do CD “Forte piano No Brasil do Século XIX”.

Dom Pedro I e os 190 anos da Independência do Brasil

Em setembro deste ano os brasileiros comemorarão os 190 anos da Independência do Brasil. O grande herói deste movimento foi, sem dúvida nenhuma, Dom Pedro I. Personagem marcante e contraditório, amado e odiado, Dom Pedro I teve uma vida breve mas intensa. Viveu apenas 36 anos, sendo que aos 9 veio para o Brasil com a família real fugindo do cerco feito pelas tropas de Napoleão a Portugal. A partir de então sua história e a do povo brasileiro estariam ligadas para sempre.

Há 190 anos, em janeiro de 1822, ao dizer que não voltaria para Portugal, no famoso dia do Fico, Dom Pedro I definia o destino do Brasil. Por sua ousadia ao desafiar as cortes portuguesas impediu que o Brasil voltasse ao estágio de colônia e deu o primeiro passo para a criação de uma união nacional.

Dom Pedro garantiu a unidade do império brasileiro ao enfrentar as cortes de Lisboa. Mas embora se dissesse ser um liberal, agia mais como um déspota autoritário. Contrariado dissolveu a primeira constituinte em 1822 e em 1824 outorgou sua própria constituição. Apesar disso, sua constituição foi a mais liberal do período e lhe deu a fama de herói constitucionalista na Europa.

Como lembra a historiadora Isabel Lustosa autora da biografia intitulada “Dom Pedro I: Um Herói Sem Nenhum Caráter”, publicada em 2005 pela Companhia das Letras, este é um personagem difícil de enquadrar em uma mítica de fundador da nacionalidade.

Isto porque Dom Pedro I ficou conhecido também pelo seu estilo irresponsável, malcriado, briguento e fanfarrão. Acostumado com os cavalos e com o povo das ruas e das tavernas por onde andava era conhecido por ter “modos de estrebaria”. Dom Pedro I havia sido criado no Brasil completamente livre, cuidando de seus cavalos, praticando a marcenaria e as atividades musicais. Embora sendo um príncipe herdeiro, não tinha muito interesse pelos livros e pelos estudos.

Segunda Isabel Lustosa, muitas das qualidades de Dom Pedro I ficaram obscurecidas por seus defeitos e excessos. Foi um marido cruel para a imperatriz Leopoldina muitas vezes chegando a bater na princesa. Traindo-a na frente do todos, obrigou-a a conviver com sua amante Domitila a quem deu o título de Marquesa de Santos. Considerado imoral e conivente com sua amante corrupta, foi taxado de mesquinho e desonesto. Despótico, injusto, desconfiado, implacável nas punições, mandou executar Frei Caneca. Traidor de seus mais fiéis auxiliares, demitiu José Bonifácio e mandou-o para um longo exílio.

Em sua breve e turbulenta vida Dom Pedro I foi regente e imperador do Brasil, garantiu a unidade nacional e deu ao país uma constituição que perduraria por mais de 65 anos. Autor da bela música do Hino da Independência cuja letra é de Evaristo Veiga.

Em abril de 1831 abdicou da coroa em favor de seu filho Dom Pedro II e partiu para a Europa. Lá lutou para retomar a coroa de Portugal para sua filha Maria da Gloria. Dom Pedro comandou um exército de sete mil homens que enfrentou o vasto exército de seu irmão Dom Miguel, composto de 80 mil homens. Apesar de toda a desigualdade de forças, após dois anos de luta Dom Pedro I venceu seu irmão. Debilitado pela guerra Dom Pedro estava tuberculoso e muito doente. O imperador viria a morrer no dia 24 de setembro de 1834, aos 36 anos, na mesma cama em que nasceu no palácio de Queluz. Deixou sua filha reinando em Portugal e seu filho, Dom Pedro II, no Brasil.

Nos 190 anos de nossa independência, a vida de algumas personalidades marcam este momento tão peculiar do Brasil. Não faltam intrigas e histórias pessoais que se misturam com os destinos da nação.

Música tema do comentário: Hino da Independência - Marcello Caminha - CD Hinos Brasileiros ao Violão.

Para escutar o áudio do comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7 no programa Cultura na Mesa de 17/04/2012  acesse aqui: http://www.baixa.la/arquivo/6783595

17 Anos do Massacre em Ruanda

Na semana passada o tribunal para crimes de guerra das nações unidas condenou a prisão perpétua dois ex-líderes do partido governista de Ruanda. Eles foram acusados de conduzir o massacre ocorrido naquele país entre abril e junho de 1994 onde  mais de 800 mil Tutsis e Hutus moderados foram assassinados a golpes de facão.
Passados 17 anos, o genocídio ocorrido em Ruanda, ainda está vivo na memória do povo ruandês e seus traumas ainda estão longe de serem superados. (...)

Para escutar o comentário completo veiculado na rádio FM Cultura 107,7 no programa Cultura na Mesa na semana de 27/12/2011 clique aqui: http://www.baixa.la/arquivo/9394069