segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Centenário do Nascimento de Robert Capa


A data de hoje marca o centenário do nascimento de um dos maiores fotógrafos de guerra de do século XX: Robert Capa. Ele nasceu Endre Fridmann, na Hungria, em 22 de outubro de 1913. 
Um ano após seu nascimento iniciava a I Guerra Mundial. Já em 1918 a Hungria passaria por uma revolução comunista de breve duração. Três meses depois ela cairia nas mãos do ditador Miklôs Horthy.
Em 1930 Robert Capa deixaria a Hungria, onde judeus e comunistas estavam sendo perseguidos, e migraria para Berlim onde descobriria sua verdadeira vocação: a fotografia.
Em novembro de 1932 Robert Capa faria seu primeiro trabalho importante em fotojornalismo quando a agencia Dephot enviou-o a Dinamarca para fotografar o exilado Leon Trótski.
Naqueles anos o antissemitismo crescia em toda a Europa prenunciando a tragédia da segunda guerra mundial. Em março de 1933, com a ascensão de Hitler ao poder, Capa teve que fugir da Alemanha. Voltando para a Hungria ele logo partiria novamente desta vez para Paris. Lá faria amizade com outros fotógrafos de destaque, entre eles Henri Cartier-Bresson.
Em 1934 Robert Capa conheceria a mulher que marcaria sua vida: Guerda Pohorylle e a quem chamava de raposinha ruiva. Assim como ele, ela também mudaria seu nome: passaria a ser Guerda Taro, e também se tornaria uma grande fotógrafa.
Em 1936, aos 22 anos, Robert Capa seria enviado para cobrir a Guerra Civil Espanhola. Suas fotos correriam o mundo nas páginas da revista Life e o tornariam famoso. Entre elas a foto do miliciano legalista espanhol caindo ao receber um tiro fatal.
Robert Capa fez inúmeras fotos deste momento crucial da primeira metade do século XX, registrando a luta e a resistência do povo espanhol contra o franquismo e a tragédia e violência da guerra civil.
Guerda Taro acompanhou Robert Capa na cobertura da guerra Espanha. Depois que ele voltou para Paris, ela ainda permaneceu lá até 1937, quando morreria acidentalmente, esmagada por um tanque de guerra. Robert Capa nunca se recuperaria totalmente desta perda.
Robert Capa, não só inventou um novo nome para si mesmo como, segundo seus biógrafos, criou um personagem. Capa era um homem que tinha um charme irresistível, com suas sobrancelhas grossas, seu eterno bom humor e seu pesado sotaque húngaro. Ele deixava as mulheres apaixonadas e conquistava a simpatia de todos por onde andava.
Robert Capa cobriu os principais eventos do século XX, fotografando cinco guerras: a Guerra Civil Espanhola, a resistência chinesa a invasão japonesa , em 1938; a Segunda Guerra Mundial, a Primeira Guerra Árabe-Israelense em 1948, e a Guerra da Indochina em 1954.
Como fotógrafo ele cobriu a guerra com bravura e paixão. Se arriscava demais para obter as melhores imagens e é possível perceber em suas fotos como ele estava sempre muito perto dos acontecimentos.
Um dos momentos mais marcantes de sua carreira foi quando embarcou, junto com as tropas que invadiriam a Normandia, e revelou ao mundo imagens inesquecíveis daquele momento dramático da SegundaGuerra Mundial. As fotos registrando as tropas chegando na praia de Omaha no dia D, foram de extrema ousadia e autenticidade. Fotos tremidas que marcam o drama daquele momento em que morreram milhares de homens.
Capa foi amigo e companheiro, tanto de trabalho como de farras, de Ernest Hemingway, John Steinbeck, John Huston, Irwin Shaw entre outros nomes marcantes da época. Foi também amante de Ingrid Bergman entre várias outras belas mulheres.
No início da década de 50 criou, com outros sócios, a agência de fotos Magnun que apresentaria ao mundo grandes fotógrafos.
Robert capa faria sua última cobertura na Guerra da Indochina, quando em maio de 1954 pisou em mina terrestre que o matou.

Quem quiser conhecer um pouco mais da história desta figura incrível que foi robert capa, vão aqui duas sugestões de leitura:



A biografia Sangue e Champanhe - A Vida de Robert Capa de Alex Kershaw lançada este ano pela editora Recorde e para quem quer saborear as histórias da vida “inventada” de Robert Capa e suas fotos mais marcantes, uma boa sugestão é sua autobiografia intitulada Ligeiramente Fora de Foco e publicada pela Cosacnaify.

Para escutar o comentário sobre o centenário de nascimento de Robert Capa, veiculado na rádio FM Cultura 107,7 de Porto Alegre, clique aqui:  http://www.4shared.com/mp3/RW1rrqmi/2210_BIOGR_ROBERT_CAPA_EDITADO.html






terça-feira, 1 de outubro de 2013

Histórias e Conversas de Mulher de Mary del Priore






Mary del Priore é atualmente uma das autoras mais produtivas e instigantes com seus livros sobre a história da vida cotidiana no Brasil. Com textos acessíveis, ela tem trazido para o público em geral, temas até então apenas debatidos nos meios acadêmicos. Autora de um de texto agradável e acessível, ela tem abordado em seus livros principalmente, a história das mulheres no Brasil.
Em seu livro mais recente, Histórias e Conversas de Mulher, Mary del Priore faz uma compilação de ideias expostas ao longo dos anos em sua coluna mensal no jornal Estado de São Paulo.
O livro está dividido em três temáticas: a mulher e a família, a mulher como mãe e o corpo feminino. (...)

Para escutar o comentário veiculado na rádio FM Cultura 107,7, de Porto Alegre clique aqui: 
http://www.4shared.com/mp3/FiDE6Q8Z/2409_CONVERSAS_DE_MULHER_-_DEN.html